segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Catadores de Cachoeira pedem separação de lixo à população

[Cíntia Ferreira]

A Associação dos Catadores de Recicláveis do Meio Ambiente (Aclama) de Cachoeira de Minas surgiu em 2007, durante a administração do prefeito Gilberto Nogueira Cellet (PTB). José Ramos Filho é o atual presidente da associação. Ele trabalhou junto com sua família no Lixão Municipal colhendo materiais recicláveis durante oito anos. Atualmente, 10 pessoas participam da sociedade, que é a única maneira de sustento destas famílias. Para dar continuidade ao trabalho, os catadores ressaltam que necessitam da colaboração da população na separação do lixo.

Segundo o presidente da Aclama, a população cachoeirense poderia ajudar separando o que é reciclável do que é realmente lixo, chamado de rejeito, pois a associação tem separado aproximadamente 600 quilos de rejeito por mês. A voluntária Maria Luíza Ferreira da Silva observa que “a população precisa ter em mente que a pessoa que está mexendo com isso é um ser humano e que seria muito importante que esse material viesse lavado”. As coletas são feitas diariamente, e a população pode entrar em contato pelo telefone (35) 9829-3319, que um membro da equipe irá buscar o material.

O valor arrecadado mensalmente por pessoa, segundo José, é de R$ 220 a R$ 230. Todo o dinheiro arrecadado do material vendido é repartido proporcionalmente para cada integrante do grupo. De acordo com José, o que ajuda é que trabalham marido e esposa, mas mesmo assim, somando a arrecadação do casal não chega a um salário mínimo por mês. Todo o lixo reciclável é prensado e vendido para Pouso Alegre.

O aluguel do galpão utilizado pela associação é pago pela Prefeitura. A máquina de prensa para reciclagem e a balança também são cedidas pelo Município. Atualmente, a Aclama conta com a ajuda de quatro voluntários que cuidam da parte administrativa e legal da entidade. José considera importante esta ajuda. “Se não tiver pessoas para ajudar a gente, nós não vamos para frente”, comenta.

O que o presidente lamenta é que os funcionários do Lixão Municipal não têm colaborado com a associação. “Às vezes levam até três meses para o pessoal vir buscar o rejeito. Está sendo difícil. O fiscal cobra de mim. A gente vai lá avisar, mas eles não vêm”, explica José.

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