segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O lado direito do cérebro

Na última quinta-feira, 17, participei de um curso na Universidade do Vale do Sapucaí (Univás), ministrado pelo jornalista, escritor, mestre e doutor, Edvaldo Pereira Lima sobre 'Escrita Total', um método criado por ele para estimular a nossa escrita. Foram oito horas de curso muito bem aproveitadas. Eu adorei o tempo, foi realmente muito proveitoso. Durante o curso, Edvaldo falou sobre o lado direito e o lado esquerdo do cérebro. Ele explicou que o lado esquerdo é responsável pela lógica, pelos cálculos, pelas regras e que por ele, fazemos tudo certinho. Já o lado direito de nosso cérebro é o que estimula a nossa criatividade. É ele que nos ajuda a valorizar as emoções, a criatividade e a capacidade de ousar soluções diferentes. Edvaldo explicou que qualquer texto que escrevermos deve vir de dentro de nós. Devemos 'pensar' com o coração. Não importa se é uma matéria de buraco de rua, ou uma matéria sobre um ser humano que superou uma grande dificuldade. Cores, imagens, sons, tudo isso ajuda a instigar o lado direito do cérebro.
Pensando em tudo isso, resolvi pesquisar sobre esse 'fenômeno' dos dois lados do nosso cérebro. Achei um texto bastante interessante. Espero que ele nos ajude a entender melhor sobre essa importante questão que pode fazer grande diferença em nossa escrita.

Abraços,

Cíntia Ferreira


Desde pequenos somos acostumados a pensar verticalmente. Na escola, como em casa, sempre nos ensinaram que devemos fazer tudo certinho, que devemos ser objetivos, práticos, eficazes, e que a "ousadia" é um perigo que pode custar muito caro. Cientificamente, isto quer dizer que somos educados para utilizar exclusivamente o lado esquerdo do cérebro - o lado da razão e do raciocínio lógico. Porém, e o lado direito - o da imaginação, da intuição, da inventividade - como fica? Atrofiado? É exatamente esta a dificuldade. A maioria das pessoas pensa somente com o lado esquerdo do cérebro. Poucas pessoas usam também o lado direito. Assim, quando se deparam com um problema de difícil solução, ficam com a mente paralisada, sem alternativa, não é mesmo?

É preciso aprender a usar o lado direito do cérebro. É justamente nesse lado que se concentram todas as nossas potencialidades criativas. É preciso explorar esse mundo de talento que você tem na cabeça. Desenvolvendo tão-somente o seu raciocínio lógico, certamente você se tornará uma pessoa muito inteligente, porém, talentoso e criativo você só será quando desenvolver toda sua capacidade de "imaginar" e de "ousar".

Você pode acreditar no que eu vou lhe dizer agora: todos os grandes gênios que você conhece ou já ouviu falar - Chopin, Van Gogh, Matisse, Pasteur, Sabin, Nijinski, Pascal, Camões, Dante, Picasso, Cervantes - TODOS foram useiros e vezeiros em explorar o lado direito do cérebro a procura do original, do incomum, do diferente. Porque o comum e o banal, meu irmãozinho, todo mundo faz. O "barato" é fazer diferente. Porém um "diferente" melhor, um "diferente" bom para os outros, bom para o mundo, bom para a vida. E esse "diferente" só se consegue à custa de muito estudo, muita ousadia, muita determinação. A ferramenta você tem: o cérebro. É só "brincar" com ele que você chega lá!

É preciso que se diga, contudo, que o pensamento criativo não surge do nada, não é obra do acaso. Não adianta ficar na beira da praia esperando que um pensamento genial caia do céu porque não cai, não! Para que o espírito criativo baixe no seu terreiro é preciso que o seu cérebro tenha substância, ou seja, que tenha uma quantidade de informações suficientemente grande para que as idéias possam brotar na sua mente. Depois, é só seguir o conselho do grande Thomas Edison: "qualquer homem pode alcançar o êxito se dirigir seus pensamentos numa direção e insistir neles até que faça alguma coisa". É isso aí, meu jovem: insistir até que alguma coisa aconteça!

Louis Pasteur teve um derrame cerebral aos 46 anos, ficando com todo o lado esquerdo do corpo paralisado. Nessa época ele ainda não era um cientista famoso e ainda estudava a pebrina, uma doença que atacava a cultura dos bichos-da-seda. Mesmo debilitado pela doença e deprimido pela morte prematura das suas três filhas, Pasteur continuou trabalhando, pesquisando.

Como se não bastante tanta dor e tanto sofrimento, Pasteur ainda foi ridicularizado na Academia de Medicina por suas teses sobre a esterilização dos ambientes hospitalares. Mas continuou trabalhando, pesquisando. Até que em 1885 - quase vinte anos depois do derrame sofrido - Louis Pasteur trata e cura, pela primeira vez na história da medicina, um garoto atacado por raiva. Ele insistiu, ousou, não temeu o ridículo... e realizou!

Pois é isso aí, galera! É assim que a banda toca. Não importa o que você é hoje, não importa o que você deixou de fazer, não importam as suas derrotas, nada disso importa. O que vale é que você tem dentro da caixa craniana o mais poderoso computador do mundo. E ele é todo seu.

Saiba que Einstein, Pasteur, Gandhi, Edison, Picasso e Leonardo da Vinci tinham "computadores" exatamente iguais ao seu. Nenhuma diferença! Nenhum neurônio a mais! E, com a idade que você tem hoje, nenhum deles era muito diferente de você. Eram simplesmente jovens. Como você é agora. Exatamente assim!

4 comentários:

  1. Atitude louvável da nossa amiga Cintia abordar um tema sobre o nosso cérebro, algo que temos e as vezes não usamos como deveríamos, como dizem alguns mitos que por muitas vezes utilizamos apenas 10% da capacidade de nosso cérebro. É fato dizer quando vivemos mais na razão do que na emoção a vida se torna mais cinzenta e triste, pois tudo começa a parecer obvio e rotineiro e tudo passa a perder o sentido, não sou nenhum adepto ao comunismo ou coisa parecida, mas creio que o Sistema Capitalista nos transforma em maquinas racionais, acabamos perdendo o interesse por leitura, assuntos culturais e históricos por tudo parecer irrelevante em um mundo onde se busca somente produtividade e bens de consumo. Estamos virando robôs que agem sem emoção nenhuma, umas das emoções que conseguimos despertar é o ódio e o rancor, nossos vizinhos parecem nossos inimigos mortais, no trânsito encarnamos em seres que nós mesmos desconhecemos violentos e impacientes.
    Se usasse-mos mais da emoção em nossas atitudes e ações o mundo seria menos violento e estaríamos rodeados de filósofos e pensadores criadores de novas idéias.

    Abraços amiga Cintia e parabéns pelo ótimo trabalho.

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  2. Bela reportagem sobre o nosso cérebro e belo comentário o seu, Luciano Fonseca. Concordo com você.

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  3. Fantástico! Parabéns.
    O texto foi de muita utilidade para os meus estudos pessoais. :D

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  4. Parabéns Cintia pelo artigo, me ajudou muito, vamos explorar o lado direito com mais frequência. Também irei fazer jornalismo. Gosto muito, estão nas veias...

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Obrigada pela participação!