terça-feira, 15 de julho de 2008

Queijo mineiro vira patrimônio cultural

Por Cíntia Ferreira

O Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) aprovou o registro do modo artesanal de fazer o queijo mineiro como patrimônio cultural brasileiro. O presidente do Iphan, Luiz Fernando de Almeida, ressalta que a técnica de fabricação artesanal está inserida na cultura do que é ser mineiro. Em 2002, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG) já havia reconhecido a técnica de fabricação do queijo como patrimônio imaterial.

A fabricação do queijo mineiro virou uma tradição ao ser passada de pais para filhos. José Maria dos Santos, 49 anos, conta que aprendeu esse trabalho com seus pais aos sete anos e que continuou fazendo, deu certo e faz até hoje. Ele manda os produtos para São Paulo e Jundiaí. “Lá as pessoas pegam e vendem na rua”, afirma.

Para se comercializar esses produtos, é necessário o Selo de Inspeção Federal (SIF), que somente os laticínios possuem. Os ingredientes que compõem o queijo mineiro são: leite, coalho e sal. Esses alimentos produzidos em casa e manualmente não são indicados para comercialização, mas alguns produtores vendem e fazem disso sua maneira de sobrevivência.

Para José Maria, só a valorização do trabalho não é suficiente. “Eles têm que dar condições para vendermos esses produtos, porque não podemos sair vendendo em comércios. Se não tem o SIF, é proibido. O queijo pra vender só quando é industrializado. Quando colocam produtos químicos, daí eles podem comercializar”, conclui.

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