terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Finados movimenta cemitérios da região

Mila Oliveira
Cintia Ferreira


O dia de Finados é recordado pela Igreja Católica todos os anos no dia dois de novembro, logo após o dia de Todos os Santos, celebrado no dia anterior. Nesta data, são realizadas missas e os falecidos são lembrados e recebem homenagens de familiares e amigos que depositam flores nos túmulos e também praticam outros gestos de carinho aos seus entes queridos. Os cristãos já rezavam pelos falecidos desde o século II. No século V, a Igreja dedicava um dia do ano para rezar pelos mortos. Porém apenas no século XI, os papas Silvestre II, João XVII e Leão IX fizeram a comunidade dedicar um dia aos mortos. O dia 2 de novembro foi oficializado no século XIII.

No cemitério de Santa Rita do Sapucaí, mais de 15 mil pessoas são esperadas e, decorrente disso, para recepção dos visitantes, o local recebeu limpeza, pintura, distribuição de lixos e cuidados com os túmulos.

Segundo o pintor João Carlos Domiciano, os trabalhos tiveram início no mês passado e o objetivo principal, é atender as pessoas de uma maneira mais digna e limpa. “Uma novidade nesse ano, é que vamos colocar tambores para os visitantes depositarem o lixo e não jogar no meio das gavetas. Devemos conservar o cemitério limpo, porque ele será usado pela nossa família”.

O responsável pelo cemitério, Renato Job acredita que os túmulos mais visitados serão o da Irmã Rita, uma freira que de acordo com populares fez milagres e curas na cidade, e do Dom Vaz, primeiro diretor da Escola Técnica de Eletrônica ETE “FMC”, falecido recentemente. “Depois que eles morreram várias pessoas de Santa Rita e até de fora, passam por aqui para visitá-los”.

Já em Cambuí, a grande maioria dos moradores católicos que tem algum ente querido já falecido visita o cemitério. É momento de acender velas, levar flores e rezar pelas almas. Neide Ferreira vai ao cemitério desde criança e hoje, pela ausência do pai, ir até lá é uma forma de estar perto e rezar pela vida que já se foi. “Quando eu era criança eu ia porque minha mãe me levava. Hoje eu vou porque acredito que meu pai espera a minha visita”, conta.

Algumas pessoas têm o hábito de freqüentar o cemitério em outras datas do ano. Há 50 anos a dona-de-casa Maria Bueno Barbosa vai ao cemitério, a diferença é que ela costuma freqüentar o local toda segunda ou sexta-feira para conversar com seus parentes, mesmo sabendo que eles não estão mais lá. Ela afirma que se não faz isso sua semana não tem o mesmo sentido. “Eu vou e acho que todo mundo deveria ir”, afirma.

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