terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Mercado Municipal de Cambuí se diferencia de mercados tradicionais

Cíntia Ferreira



A construção do prédio onde se encontra hoje o Mercado Municipal se iniciou em 1944 e sua inauguração ocorreu no mês de dezembro de 1946. Desde então o mercado municipal era tido como local de comercialização de alimentos e ponto de encontro dos moradores. Mas atualmente o local é tido como lugar de turismo e diversão, e se tornou um ponto de encontro dos moradores. Hoje funciona com bares e lojas de artesanato. O prédio do Mercado Municipal se tornou um patrimônio histórico da cidade em junho de 2000.

Inicialmente o mercado funcionou na esquina das ruas João Moreira Salles e Governador Valadares, e também onde se encontra hoje o atual Banco do Brasil e lá ficou instalado até ser construído o atual galpão. Na década de 80, o mercado entrou em decadência e teve suas atividades praticamente encerradas. Entretanto alguns locatários lá permaneceram, até que em 1992 o prefeito da época entrou com uma ação judicial de despejo. De 2001 a 2005 o mercado permaneceu fechado, e sua estrutura serviu como Centro Cultural da cidade, sofrendo algumas alterações para se adaptar. Foi palco para teatros, palestras e concursos musicais, embora não se encontrasse de forma adequada.

Através da Lei de Incentivo à Cultura, o Mercado Municipal passou por um processo de restauração e foi reaberto em dezembro de 2005. Além de a restauração ter sido responsável pelo resgate de um patrimônio histórico, os moradores exercem sua cidadania num espaço que faz parte da vida dos cidadãos cambuienses. É como disse o arquiteto Marcelo Ferraz sobre os mercados municipais, “neles podemos entender melhor um pouco mais os agrupamentos humanos e seus valores. O que se come, o que se bebe, o que se veste, como as pessoas se comunicam e tratam de seus problemas. Os mercados são centralidades inesquecíveis da vida urbana, pontos altos da convivência humana”.

O Mercado Municipal de Cambuí deixou de ser um mercado tradicional há mais de sete anos e passou a ser um ponto turístico de Cambuí. “As adaptações realizadas foram feitas para que o mercado pudesse ser ocupado e estar de volta ao público em geral”, conta Humberto Tavares, chefe do Departamento de Indústria, Comércio e Turismo da cidade.

No projeto atual do mercado são 10 boxes, sendo quatro maiores e seis menores. “Hoje o mercado está completamente ocupado por comerciantes que trabalham com alimentos, choperia, pastelaria e café, mas também com a venda de peças e produtos artesanais e pacotes turísticos, já que ali funciona uma das principais agências de receptivo turístico de nossa região”, afirma Humberto.

Segundo Ademilson Teodoro, proprietário de um dos bares, o mercado possui um público totalmente diversificado. Durante os finais de semana o ambiente funciona com música e parque de diversões para crianças, com gangorras, balanços, etc. “Hoje já não compensaria se ter um mercado como antes, porque a cidade foi crescendo e com isso foram surgindo vários mercados, casa de frutas e açougues, o que dificultaria na locomoção dos moradores de bairros mais distantes até o centro da cidade”, diz.

Quem toma conta da parte administrativa do Mercado Municipal hoje é a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (Sedes). A mesma controla o processo de licitação de boxes e em parceria com outras secretarias municipais cuida da manutenção do local. “A partir do momento que temos praticamente uma ocupação total do mercado, existe a questão da convenção de condomínios dos permissionários dos boxes que são responsáveis por cumprir as regras passadas pela Sedes, e resolverem entre si os problemas usuais do dia-a-dia como limpeza, higiene, segurança, possíveis atrações culturais, entre outros”, diz Humberto.

Um comentário:

  1. Sérgio Gonçalves de Itatiba

    Como bom mineiro, adoro visitar os mercados municipais das cidades que visito e em Cambuí não vai ser diferente.

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