No dia 28 de novembro, o prefeito de Cambuí Benedito Antônio Guimenti (PSDB) vetou o projeto que visa implantar lei municipal para o uso das sacolas ecológicas (oxibiodegradáveis). Essas sacolas se decompõem em 18 meses enquanto as convencionais levam cerca de 500 anos. O projeto é de autoria da vereadora Márcia Lessa Braga (DEM) que se manifestou em trazer para Cambuí porque observou que as cidades de Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí, já haviam aderido a lei.
Segundo a vereadora, o parecer técnico usado pelo prefeito para justificar o veto foi a inconstitucionalidade, que é quando o legislativo faz qualquer reivindicação para o poder executivo que envolva dinheiro. “No caso das sacolas, a minha alegação é que não tem gasto novo, porque a sacola em si, é algo que a prefeitura já tem que comprar, só vai mudar o tipo. A diferença de um produto para o outro é mínima. Acredito que conta mais o meio-ambiente do que a diferença do preço das sacolas”, afirma Márcia.
Foi criada uma comissão especial na Câmara para dar o parecer a respeito do veto, os vereadores que compõem a comissão são Rafael Dias Rosa (PP), Edvaldo Bueno dos Santos (DEM) e Olimpio Cláudio de Brito (PSDB). A vereadora afirma que não esperava esse veto e que foi pega totalmente de surpresa na reunião do dia 04 de dezembro. Ela está fazendo tudo o que pode para conseguir argumentos que derrubem o veto na próxima reunião extraordinária, mas afirma que embora tenha esperança, acha difícil.
Márcia se sente satisfeita por ter pelo menos divulgado a idéia. Ela acrescenta que não tem dúvida de que um dia esse projeto vá se tornar lei federal. “Mesmo que o projeto seja vetado, hoje as pessoas não podem negar que não sabem da existência dessas sacolas”, afirma.
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