A chuva constante da madrugada de sábado, 14, para domingo, 15, fez com que o Ribeirão das Antas, que corta grande parte de Cambuí, transbordasse e inundasse diversos pontos, casas e comércios na cidade. Por volta das 6h, moradores acordaram assustados com a água invadindo suas residências. Alguns tiveram tempo de levantar os móveis para que não fossem atingidos pelas águas.
O ribeirão subiu cerca de 2,5 metros além do nível normal. O Terminal Rodoviário da cidade ficou interditado, pois estava alagado com aproximadamente 20 centímetros de água. Quem precisava viajar, tinha que pegar o ônibus na rua ao lado, onde a água não havia chegado.
Os principais pontos alagados foram as ruas vizinhas ao Terminal Rodoviário, as proximidades da Escola Estadual João Lopes, incluindo a rua Capitão Soares. Na travessa Jeson Veloso, as águas também causaram grandes estragos. Segundo Pedro Lopes da Silva, morador da travessa, há cerca de oito anos não entrava água fluvial em sua residência.
Na Escola Estadual João Lopes, dez salas foram atingidas, inclusive a biblioteca. Na segunda-feira, 16, as aulas foram canceladas, devido os transtornos causados pela enchente, e foram retomadas na terça-feira, 17.
Segundo informações dos moradores das redondezas, um homem foi levado pelas águas. ‘Paulo pedreiro’ como é conhecido tentava atravessar o ribeirão quando foi arrastado pela forte correnteza. O corpo de bombeiros está trabalhando para tentar localizar o corpo, mas até o fechamento da matéria, ainda não tinha sido encontrado.
O que para alguns foi lamentável, para outros foi motivo de diversão. Os amigos Sergio Leite e Celso Silva, aproveitaram a cheia para descer o ribeirão de caiaque. “Nós temos que aproveitar porque não é sempre que tem bastante água assim”, afirma Sergio.
Com a cheia, os motores do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Cambuí, que ficam às margens do Ribeirão das Antas, foram cobertos pelas as águas. Algumas tubulações que levam água para bairros da cidade foram rompidas. Na segunda-feira, 16, a rede estava sendo abastecida com apenas 45% da necessidade. A partir de terça-feira, 17, o sistema voltou a funcionar normalmente.
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