Vigilância Sanitária de Cambuí apreende leite cru

Cíntia Ferreira

Foram apreendidos 29 litros de leite cru na última sexta-feira, 13. O vendedor, segundo a Vigilância Sanitária, estava comercializando o produto nas proximidades da Vila Santo Antônio quando foi flagrado. O leite estava armazenado em embalagens descartáveis de refrigerante sem os cuidados básicos de higiene. Não é a primeira vez que o comerciário é encontrado com esses produtos.

A venda de leite cru é proibida por lei federal desde 10 de outubro de 1969. Os maiores riscos de seu consumo são as contaminações de brucelose, tuberculose, listeriose, gastroenterites, toxoplasmose e verminoses, que podem ser transmitidas pelo consumo do próprio leite cru e também por seus derivados.

Segundo a veterinária da Vigilância Sanitária de Cambuí Ana Paola Gonçalves dos Santos Valias, as embalagens do leite apreendido estavam muito sujas e o próprio produto com a cor alterada. “Há uns 15 dias atrás nós já havíamos pegado ele com a carrocinha entregando leite, mas nós não apreendemos o leite. Chamamos a Polícia Militar, fizemos um boletim de ocorrência, até porque ele ofendeu o pessoal que estava fazendo a fiscalização e falamos que ele não podia vender o leite”, afirma.

Na sexta-feira, 13, quando foi flagrado com os produtos, o vendedor resistiu a entregar o leite à vigilância e novamente a Polícia Militar foi acionada e liberou a apreensão do leite. “Nós levamos o leite para a Vigilância Sanitária e jogamos tudo fora”, conta Ana Paola.

De acordo com Ana Paola, o vendedor que teve o leite apreendido está sempre sendo orientado. No domingo, 15, ele foi visto na cidade com a carrocinha cheia de leite. “Depois de duas vezes que já foi pego vendendo o leite, além de estar respondendo no fórum pelo primeiro boletim de ocorrência, ele continua insistindo em vender o produto”, diz.

Ana Paola orienta a população a procurar o leite pasteurizado, pois este possui uma qualidade higiênica bem melhor. “Tem pessoas que pensam que o leite cru é mais saudável, mais gordo, na verdade não é, a contaminação dele é muito maior, por isso, existe o tratamento”, conta.