quarta-feira, 8 de abril de 2009

Presidente da Associação da Vila Santo Antônio fala sobre o início da organização e alguns problemas do bairro

Cíntia Ferreira

A Associação dos Amigos da Vila Santo Antônio em Cambuí surgiu há cerca de 14 anos quando alguns amigos perceberam a necessidade de se criar um grupo para discutir os problemas devido à carência do bairro. Na primeira reunião da entidade foi eleita uma diretoria. Mesmo existindo há pouco mais de uma década, muitos moradores da Vila não têm conhecimento sobre a associação.

A organização possui 15 membros que são eleitos por um mandato de dois anos, vencendo o último agora em abril. A associação existe para facilitar o acesso da população da Vila com o Poder Público. Segundo o atual presidente Geraldo Pereira da Fonseca, durante as reuniões realizadas pelos membros da associação são debatidos os principais problemas e após um consenso dos membros os assuntos são levados à Prefeitura.

Geraldo contou que desde o início da associação até hoje já tiveram melhorias. “Quando a associação foi criada havia apenas uma escola e uma igreja na Vila”. Hoje a Vila Santo Antônio conta um Posto de Saúde onde está localizado o Programa Saúde da Família (PSF), uma creche recentemente inaugurada, uma quadra de esportes, que segundo Geraldo está abandonada, e um Horto Florestal que também se situa na Vila.

Geraldo afirmou durante a entrevista que a associação atualmente não recebe nenhuma ajuda. “Quando tem gastos são os próprios membros que pagam”. O grupo possui um lote que foi doado pela Prefeitura há alguns anos atrás, mas sem recursos não tem como construir uma sede própria.

Ao ser indagado sobre os principais problemas do bairro, Geraldo afirmou que entre eles estão a falta de segurança, e a situação precária de algumas ruas que oferecem riscos à população. Como é o caso de uma parte da Rua São João Batista onde não há calçamento e foi aberto um buraco ao lado de uma residência e tem oferecido cada vez mais riscos aos moradores. Geraldo afirmou que há quatro anos a associação tem lutado para que essa rua seja calçada, mas a única resposta que obtinha era de que “estavam tomando providências”.

A proprietária de um imóvel localizado ao lado do buraco, Benedita Eva Pereira, conta que os funcionários da prefeitura já foram até lá, já tamparam o buraco com terra, mas que a chuva levou tudo para a rua de baixo. “A casa que está mais afetada é a minha”, diz.

A secretária de Obras e Serviços Públicos Jucelene Nascimento Dias foi procurada pela reportagem da Gazeta do Vale e explicou que o buraco será fechado, e a rua calçada. Ainda essa semana “se o tempo ajudar”, a prefeitura estará passando a maquina no local. Ela explica também que o calçamento das ruas da cidade não dependem só da prefeitura, mas que os moradores tem que informar a Secretaria de Obras sobre o interesse de calçamento em uma determinada rua para que seja feita uma relação de pessoas e seja encaminhada para as empresas responsáveis por este serviço.

Jucelene conta também que a reclamação com relação à Rua São João Batista tem sido feito em no máximo dois anos. Só que “sempre tinham coisas mais urgentes para fazer e faltam mais pessoas para trabalhar nessa área”. Ela afirmou também que é um processo um pouco demorado, mas que é de interesse da prefeitura ajudar a todas as pessoas que querem fazer o calçamento das ruas.

O calçamento das ruas não é de responsabilidade apenas do Poder Executivo. “É uma parceria entre a prefeitura e os proprietários das casas. A prefeitura manda a máquina, dá o cascalho e a areia e a população paga pelos bloquetes e pela mão de obra de assentamento”, conta Jucelene.

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