O artesão tem dois filhos e quando criança confeccionou os brinquedos deles assim como os seus. A cada final de semana sentava com as crianças e inventava algo novo para diverti-las. Newton se considera uma pessoa tranquila e com muita experiência de vida.
Quando morou no Japão por causa da origem de sua esposa, ele produziu aquela que considera sua melhor peça: uma charretinha de ouro, que exigiu uma semana de trabalho e dedicação. O artesão conta que quando confeccionou este objeto passava horas produzindo e perdia a noção do tempo.
Newton já chegou a comercializar suas peças, mas hoje ele considera este trabalho um simples hobby que o proporciona tranquilidade. Para ele, o maior valor não está na peça, mas sim no trabalho que teve na produção do objeto, na paciência e na vontade de começar e terminar.
Newton explica que às vezes encontra dificuldades na captação de uma madeira de boa qualidade para produzir suas miniaturas e tem que sair à procura. Para ele, as peças produzidas precisam ser originais, as gavetinhas, janelinhas e portas devem imitar o movimento das convencionais. Quando cria uma peça, a faz de sua própria imaginação.
Todos os objetos são exclusivos, pois o artista se recusa a fazer dois iguais.
O artesão conta que tem na produção de seus objetos é mínimo. O valor maior está no tempo dedicado, nos detalhes e nas dificuldades. Newton diz que faz esculturas e vende por aproximadamente R$ 300, e uma miniatura em torno de R$ 5 e que, na maioria das vezes, a escultura não é tão trabalhosa quanto à miniatura.
O artista tem um sonho: transmitir seus conhecimentos para alguém, já que seus filhos tomaram outro rumo. Sobre sonhos, o artesão articula palavras de grande sabedoria. “Muitas vezes a pessoa deixa o seu sonho porque tem que encarar a realidade. E a realidade é o pão nosso de cada dia. O sonho é só fantasia. E não são todos que sobrevivem de fantasia”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigada pela participação!