segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Segurança é discutida na Câmara de SRS em tribuna popular

[Cíntia Ferreira]

A Câmara Municipal de Santa Rita do Sapucaí abriu um espaço, na última reunião do dia 25, para que um cidadão manifestasse sua indignação com a falta de segurança pública no município. “A sociedade de Santa Rita não aguenta mais, ela está acuada, ela não aguenta mais a insegurança”, essas foram algumas das palavras do diretor-presidente da Cooperativa Regional Agropecuária de Santa Rita do Sapucaí (CooperRita) e produtor rural, Luiz Fernando Ribeiro, que solicitou a tribuna para clamar providências com relação à segurança pública da cidade às autoridades santa-ritenses.

O posto do filho de Luiz Fernando foi assaltado na última segunda-feira às 11h. Segundo ele, os bandidos apontaram o revolver na cabeça de seu filho, fazendo com que ele entregasse todo o dinheiro do cofre. “A minha família já foi roubada este ano em mais de R$ 250 mil. É um desrespeito total que está acontecendo nesta cidade”, conta o produtor rural.

Luiz Fernando considera que a cadeia pública de Santa Rita está servindo de vergonha para a população, pois os bandidos são presos e “soltos na mesma hora”. “A nossa cidade está cada vez mais desmoralizada. Não dá pra aguentar. Nós vamos acabar sendo assassinos ou acabar morrendo. Eu pediria para vocês vereadores que unam com o poder executivo, nosso prefeito, e com o poder judiciário e que vocês arrumem uma forma de resolver o problema dessa cidade. Porque nós estamos acuados.”, ressalta Luiz Fernando.

O vereador João Paulo Sampaio (PDT), esclareceu que a Câmara pode fazer algumas coisas que ela já tem feito para contribuir para a melhoria da segurança, como por exemplo, criar requerimentos que cooperem para isso. A má iluminação é um dos assuntos que tem sido bastante discutido na Câmara. E vários requerimentos foram apresentados visando a melhoria da iluminação. “Nós estamos sempre cobrando do executivo. O que eu espero que a população entenda é que dentro dos limites do legislativo, nós estamos fazendo. Duas questões que em toda reunião estamos falando é trânsito e segurança”, explicou João Paulo.

Luiz Fernando disse ainda durante seu discurso que “as autoridades desta cidade estão todas frouxas”. O presidente da Câmara, Magno Magalhães Pinto (PT) disse que não concorda com a afirmação de Luiz Fernando de que os poderes públicos estão sendo frouxos. “Há frouxidão, sim, mas do poder executivo e do poder legislativo federal e estadual, principalmente do estadual, que é a quem compete à segurança pública. A cadeia está no estado em que está, mas se a prefeitura quiser colocar um tijolo lá, ela não pode”, destacou Magno.

O presidente da Câmara ainda frisou que o papel da Câmara, Prefeitura e toda comunidade santa-ritense é cobrar de quem tem poder para mudar. “Quem tem poder para mudar é o governo federal e o governo estadual. A Câmara vai fazer tudo o que ela puder no sentido de cobrar dos poderes”, concluiu Magno.

Dando continuidade a reunião, o prefeito municipal Paulo Cândido da Silva (PV) respondeu por meio de ofício um requerimento que solicitava a colocação de mais lixeiras no município, requerida pelo legislador Magno. Cuja resposta foi de que a Prefeitura fará a licitação para a aquisição de mais lixeiras para serem instaladas na cidade. Duas moções foram sugeridas e aprovadas, ambas de autoria do vereador Vagner Fernandes Mendes (PR). Uma delas parabeniza a Escola Estadual Dr. Luiz Pinto de Almeida pelo prêmio de escola referência em Minas Gerais. A instituição concorre agora, entre outras seis escolas do país, a um prêmio nacional de referência em gestão escolar.

Doze requerimentos foram votados durante a reunião. Apenas um, de autoria do vereador Clarismon Inácio (PSDB), cuja ausência foi justificada por um atestado médico, foi reprovado por sete votos contrários. O requerimento solicitava ao executivo informações sobre a possibilidade de regulamentar o serviço de mototáxi e pedia ao executivo que enviasse o projeto de lei à Câmara. O requerimento foi julgado porque o legislador Clarismon requereu que este fosse votado mesmo em sua ausência. Diversos taxistas do município assistiram a reunião.
A falta de opções de lazer também foi um dos assuntos discutidos através de requerimentos. No bairro Vila Operária, foi requerido a reforma geral da praça pelo vereador Waldecir Maciel Januário (PDT) e pelo vereador Domásio Roque da Fonseca (PDT) foi solicitada a cobertura e a reforma da quadra da escola do bairro Bom Retiro. O parlamentar Hudson apresentou uma solicitação em relação ao cinema do município, indagando ao prefeito se é possível a reabertura do local.

A Câmara Municipal recebeu um projeto de lei, de autoria do vereador João Paulo, que diz respeito ao uso de capacetes. Se o projeto for aprovado, será proibido o uso de capacetes, gorros ou qualquer outro tipo de vestimenta que cubra o rosto da pessoa em vias públicas, estabelecimentos públicos ou privados. Este projeto tem o objetivo de evitar que bandidos assaltem os comércios com algum destes objetos, tendo em vista que muitos dos assaltos que vem acontecendo em Santa Rita tiveram como protagonistas pessoas que usaram capacetes para não serem identificados pelas vítimas.

Outro projeto recebido pela Câmara na semana passada, que diz respeito a proibição do uso do cigarro em lugares coletivos fechados ou estabelecimentos privados, foi aprovado por unanimidade dos vereadores presentes.

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